quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Superlente gravitacional para estudar energia escura

374_2028-hubble-abel.jpg

O assunto é cabeludo, mas a imagem vale (literalmente) mais que mil galáxias. O superaglomerado de galáxias Abell 1689, a imagem desta semana, está sendo usado por astrônomos como uma enorme lente gravitacional para ajudar a resolver o enigma da chamada "enegia escura", que estaria acelerando a expansão do universo, contrabalançando os efeitos da gravidade. Embora ainda não saibam exatamente a natureza desta misteriosa energia, com base em seus efeitos os cientistas acreditam que ela responda por cerca de 72% da massa do universo, enquanto outra parcela enorme, de 24%, seria formada pela chamada "matéria escura". Como Einstein demonstrou em sua famosa equação E = MC2, matéria e energia são intercambiáveis. Com a ajuda do telescópio espacial Hubble, os pesquisadores esperam obter mais pistas sobre a natureza desta energia. Ainda de acordo com as teorias de Einstein, a gravidade afeta a textura do espaço-tempo, distorcendo-o e fazendo com que funcione como uma lente de aumento que amplia a imagem de galáxias distantes quando ela passa pelo superaglomerado. Nesta imagem do Hubble, isto é observável nas galáxias na borda da área roxa, acrescentada para indicar a ação da energia escura na formação desta lente gravitacional.

Reproduzido de http://oglobo.globo.com/blogs/sociencia/

Nenhum comentário:

Postar um comentário