terça-feira, 17 de agosto de 2010

Em defesa de Brasília II

A cada quatro anos há (ou deveria haver) uma renovação de uma ínfima parcela dos moradores da capital. Ínfima, aliás chega a ser eufemismo, pois em universo de mais de 2,6 milhões de habitantes essa parcela mal alcança a expressiva marca de 0,0003 %.

Certas figuras, nem sempre bem quistas, mas que por aqui aportam despachadas pelos seus correligionários e eleitores que voluntariamente os enviam para exílios de quatro ou oito anos no quase árido Planalto Central, fazem da cidade um misto de circo sem lona e palco de horrores.

Não culpem Brasília se toda a vez que aparecemos no noticiário é para mostrar algum escândalo na Praça dos Três Poderes, afinal só colocamos lá 08 deputados e 03 senadores, 1,56% e 3,70% do total de respeitáveis cidadãos que o País indica para o Legislativo, além disso somos apenas 1,35% do total de eleitores Brasileiros, percentual insignificante para influenciar a corrida presidencial.

Muitas vezes presenciei ataques à cidade e generalizações contra o DF. É só eu abrir a boca para dizer que sou de Brasília e aparece algum engraçadinho para falar que o "povo" de Brasília é isso ou aquilo, que aqui só tem marajá ou ladrão. Sempre defendi e defenderei que aqui também tem muita gente trabalhadora, (modéstia à parte, sou um desses), muitos dos quais sobrevivem com um minguado salário mínimo e que se a política brasileira é corrupta, inepta e vergonhosa, todo o país tem sua parcela de culpa, proporcional à população.

Se alguém quiser se livrar de algum político de sua terra, por favor, mandem-no para qualquer lugar, menos para Brasília.

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