Desde a mais remota antiguidade, os curiosos observadores do céu perceberam que havia 5 objetos celestes que vagavam entre as estrelas. Dois luminares grandes e 5 pequenos. Dos grandes, um preside o dia o outro preside a noite. Cada povo nomeou-os conforme sua língua. Os sumerianos denominavam-nos Apsu e Kingu, os acadianos, Utu e Nannar, os babilônios, Shamash e Hadad, os egípcios, Rá e Hathor, os gregos, Hélios e Selene, os romanos, Sol e Lua (Solis e Luna, em latim). Os 5 menores receberam nomes de deuses: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno (em grego, Hermes, Afrodite, Ares, Zeus e Chronos).
Os sumerianos foram os que primeiro criaram o que chamamos calendário. Calendário é nome de origem grega, proveniente do verbo 'kalew', que significa 'chamar', 'convocar', em referência à convocação feita pelos sacerdotes, conclamando o povo para anunciar o primeiro dia de cada mês, correspondente à lua nova. O mês foi dividido em semanas (nome que vem do latim, significando 'sete manhãs'), cada um com 7 dias. Porque 7 dias? Justamente para manter a correspondências com os 7 astros que se locomoviam no céu. Por isso, no calendário latino, os nomes dos dias eram:
Os povos do sul europeu adotaram a nomenclatura latina que alterou os nomes dos dias do Sol e de Saturno, mantendo os demais. Por isso, até hoje, em espanhol, por exemplo, segunda é Lunes, terça é Martes, quarta é Miércoles, quinta é Jueves, sexta é Viernes e sábado, Sabado.
Porque, só em português, esses nomes pagãos se perderam?
Obra do bispo Martinho de Dume (518-579), que cristianizou os suevos, povo germânico acantonado na Galícia, após a queda do Império Romano, local de onde se originaria o futuro reino de Portugal. Ele era deveras rigoroso e, em seu ministério, proibiu terminantemente, o uso dos nomes dos antigos deuses, mesmo para os 5 dias entre o domingo e o sábado. Resolveu então, numerá-los de acordo com antigo sistema romano de 'feria': Feria secunda, feria tertia, feria quarta, feria quinta, feria sexta). Isso foi formalizado no Concílio de Braga, no ano 563.
Marcelo Valdi Régis
Os sumerianos foram os que primeiro criaram o que chamamos calendário. Calendário é nome de origem grega, proveniente do verbo 'kalew', que significa 'chamar', 'convocar', em referência à convocação feita pelos sacerdotes, conclamando o povo para anunciar o primeiro dia de cada mês, correspondente à lua nova. O mês foi dividido em semanas (nome que vem do latim, significando 'sete manhãs'), cada um com 7 dias. Porque 7 dias? Justamente para manter a correspondências com os 7 astros que se locomoviam no céu. Por isso, no calendário latino, os nomes dos dias eram:
- dies Solis (dia do Sol, depois renomeado dies Domini, dia do Senhor, iniciativa do primeiro imperador cristão, Constantino I, no ano 325 d.C.)
- dies Lunae (dia da Lua)
- dies Martii (dia de Marte)
- dies Mercurii (dia de Mercúrio)
- dies Jovis (dia de Júpiter)
- dies Veneris (dia de Vênus)
- dies Saturni (dia de Saturno, depois renomeado dies Sabatum, dia do Sábado, da palavra hebraica Shabbatum, descanso)
Os povos do sul europeu adotaram a nomenclatura latina que alterou os nomes dos dias do Sol e de Saturno, mantendo os demais. Por isso, até hoje, em espanhol, por exemplo, segunda é Lunes, terça é Martes, quarta é Miércoles, quinta é Jueves, sexta é Viernes e sábado, Sabado.
Porque, só em português, esses nomes pagãos se perderam?
Obra do bispo Martinho de Dume (518-579), que cristianizou os suevos, povo germânico acantonado na Galícia, após a queda do Império Romano, local de onde se originaria o futuro reino de Portugal. Ele era deveras rigoroso e, em seu ministério, proibiu terminantemente, o uso dos nomes dos antigos deuses, mesmo para os 5 dias entre o domingo e o sábado. Resolveu então, numerá-los de acordo com antigo sistema romano de 'feria': Feria secunda, feria tertia, feria quarta, feria quinta, feria sexta). Isso foi formalizado no Concílio de Braga, no ano 563.
Marcelo Valdi Régis
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