segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A Bibilioteca Nacional de Brasília

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A Bibilioteca Nacional de Brasília foi aberta ao público em 12 de dezembro de 2008 e conta com um acervo de cerca de 100.00 exemplares (ainda nem tudo catalogado), fica junto ao Eixo Monumental e faz parte do Complexo Cultural da República. Durante algum tempo, foi conhecida como "a biblioteca sem livros", pois a construção permaneceu por algum tempo sem acervo e fechado à visitação. Hoje localiza-se em seu 4° andar o Espaço do Pesquisador, com acervo cedido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, CNPq e IBICT. O edifício monumental faz parte do conjunto projetado por Oscar Niemeyer, que é composto pela Biblioteca e pelo Museu Nacional Honestino Guimarães.

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O prédio abriga espaços para estudos individuais ou em grupos, hall de exposições, espaço infantil e acesso gratuito a internet, entre outros. O acesso a internet é feito no espaço clic, salão com cerca de 50 computadores onde o estudante pode navegar livremente pela internet. No último dia 04/09 estive lá para estudar enquanto aguardava meu filho que participava de uma gincana no Colégio Objetivo. Era minha primeira visita à Biblioteca Nacional e estava acompanhado de minha esposa, Andréia. A primeira vista o local impressiona pela magnetude, mas o primeiro choque veio logo ao sair do saguão de entrada e entrar no Espaço Clic, primeiro salão à esquerda, todas as pedras do piso encontravam-se soltas, como pode ser observado na foto abaixo.


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Para um prédio recém-inaugurado, foi surpreendente a constatação do péssimo acabamento do piso, além de desconfortável o risco de se sofrer um acidente é enorme. Algumas das placas chegam a ficar cerca de 2 cm em desnível com as demais, e ao se pisar nelas se deslocam, ou sejam ou você corre o risco de tropeçar em uma ponta levantada ou de se desequilibrar com o constante sobe e desce das pedras de granito, reiterando ainda que isso se aplica a todas as pedras do piso do salão.

Passado o susto procuramos um lugar para sentar e estudar. Foi difícil se concentrar em algo com o barulho dos passos dos frequentadores, por mais cuidadosos que fossem. Além disso o lugar não dispõe sequer de ventilação, quanto mais de ar condicionado, o que torna o ambiente extremamente sufocante. Não tivemos sequer ânimo para conhecer as demais áreas, ao cabo de cerca de duas, sofríveis, horas de estudo decidimos por abandonar o local.

A proposta de um espaço público como o idealizado é excelente, mas nos causa repulsa o mau uso do dinheiro público em uma obra tão importante. O piso, de granito negro soberbo, foi mau cortado e mau colocado, sujeitando os usuários da biblioteca a risco de acidentes graves, e o responsável por eles será o GDF, que administra o local e que foi o responsável pela obra. O calor no local também é de deixar qualquer um abismado, não é possível que não se tenha concebido que em uma cidade como Brasília, famosa pelo calor e falta de umidade, a necessidade de ventilação e refrigeração, ainda mais de um ambiente cheio de computadores.
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Ildenicio Vieira dos Reis


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